A colonoscopia, assim como outros procedimentos, apresenta riscos. Entretanto, esse exame é cercado de tatus e mitos, o que pode aumentar o medo das pessoas em realizar o procedimento. Por isso, hoje falaremos sobre os riscos da colonoscopia e quando é necessário realizar o exame. Vamos lá?
Quais os riscos da colonoscopia?
Perfuração do intestino
Para realizar a colonoscopia, inserimos o aparelho no intestino um aparelho que mede aproximadamente 2 metros. O tamanho pode assustar, mas é preciso que o equipamento seja grande para acessar todo o nosso intestino. Assim, ele é inserido no reto, que é uma área fixa, e passa sem grandes dificuldades.
Em seguida, o aparelho de colonoscopia passa pelo sigmoide, que é uma área móvel. Nessa região, se a ponta do aparelho não estiver livre, existe a possibilidade dele “empurrar” alguma região, aumentando riscos de uma perfuração intestinal.
A região seguinte por onde o aparelho passa é o cólon descendente, que também é uma área fixa. Nele, a ponta do aparelho pode ter dificuldade de passar, formando uma dobra do aparelho, o que força a região do sigmoide e pode causar uma perfuração do intestino.
Outro fator de risco é quando inflamos o intestino. Para ter visibilidade do intestino para realizar a colonoscopia, injetamos ar na região, o que pode levar a uma perfuração intestinal.
Já que todos esses são os riscos da colonoscopia, podemos dizer que ela é um exame muito perigoso, certo? Bom, não é exatamente assim.
O que aumenta os riscos da colonoscopia?
Algumas situações aumentam o risco de perfuração intestinal e outras complicações na colonoscopia. Uma delas é a inflamação intestinal, como a diverticulite. Nesse caso, o exame da colonoscopia deve ser adiado e feito quando a doença estiver em fase de remissão, ou seja, não estiver apresentando inflamação aguda.
Caso o exame já tenha sido iniciado e a descoberta da diverticulite aconteça durante a execução, o indicado é que o exame seja adiado e terminado em outra data.
Outra situação que pode aumentar os riscos de perfuração é realizar procedimentos durantes a colonoscopia. É normal que, ao encontrar um pólipo durante a realização do exame, façamos a retirada dele.
Entretanto, não são todos os pólipos que conseguimos retirar com segurança, afinal, quanto maior o pólipo, mais alto o risco de perfuração do intestino. Dessa forma, quando o pólipo é muito grande e oferece risco, deixamos para realizar a sua retirada num outro momento.
Não ver uma perfuração. Pode soar estranho, mas caso ocorra uma perfuração intestinal que passe despercebida, o risco da colonoscopia aumenta. Isso por que é possível realizar reparos em pequenas perfurações durante o procedimento ou até mesmo já encaminha o paciente para uma cirurgia, caso seja necessário.
Quando essas pequenas perfurações passam despercebidas, fezes e outros componentes começam a cair na cavidade abdominal, levando a uma grande complicação.
Colonoscopia tem risco, mas quando?
Apesar de parecer um exame perigoso, o sucesso da colonoscopia está relacionada a outros fatores além da sua execução. Um exemplo disso é avaliar se o intestino do paciente está saudável, se há doença prévia ou histórico familiar.
Em caso de uma colonoscopia feita como exame de rastreamento, ou seja, quando exame é feito de forma preventiva, os riscos da colonoscopia são muito baixos. Em média, as chances de complicação são uma entre quatro mil.
Vale lembrar colonoscopia como exame de rastreamento deve ser feita por homens e mulheres com 45 anos ou mais e sem histórico familiar. Se o exame não indicar nenhuma alteração, o indicado é que ele seja repetido a cada 5 anos.
Em pacientes que tenham histórico familiar de doenças na região, o indicado é que a colonoscopia seja realizada 10 anos antes do diagnóstico da pessoa. Por exemplo: se na sua família uma pessoa foi diagnosticada aos 45 anos, você deve fazer sua primeira colonoscopia aos 35 anos.
Por isso, caso seu médico indique a realização do exame, não tenha medo. Realizar a colonoscopia com a idade indicada é cuidar da saúde! Os riscos da colonoscopia, apesar de existirem, são baixos e podem ser evitados com um bom acompanhamento profissional.
Então, em caso de dúvida converse com seu médico e se informe!
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