Estenose anal, você conhece esse quadro? O estreitamento anal pode acontecer de forma congênita ou forma adquirida e, além disso, pode se manifestar de forma espontânea ou após algum procedimento na região. Vamos ver mais sobre isso?
Estenose congênita
Nessa condição, o ânus é imperfurado, resultado de um erro no momento da formação. Quando isso ocorre, o trato gastrointestinal não chega a pele. Geralmente, esse quadro de estenose anal é diagnosticado em exames de ultrassom ou mesmo na sala do parto, e necessita de intervenção cirúrgica.
Entretanto, não irei me aprofundar sobre a estenose congênita, é sobre a estenose adquirida que darei mais detalhes. Acompanhe:
Estenose adquirida
Quando a região anal é machucada repetidas vezes, pela passagem de fezes muito duras, por exemplo, uma fissura anal pode se desenvolver. Uma fissura anal é um quadro comum, que a maioria das pessoas já teve, e consiste num corte na região. Geralmente, a cicatrização leva poucos dias e não precisa de nenhuma intervenção. Entretanto, em casos onde a região é machucada repetidas vezes, a fissura pode se tornar crônica.
Uma fissura anal crônica dificilmente vai cicatrizar sozinha e, por isso, precisa ser acompanhada e um tratamento fissura anal feito por um profissional. A falta de tratamento adequado para esse tipo de fissura pode gerar um estreitamento anal, ou seja, a estenose anal. Isso ocorre já que, quando o processo de cicatrização começa, nosso organismo produz um tecido mais fibroso e mais duro. Assim, a região tende a se estreitar.
O quadro de estenose adquirida também pode se manifestar após cirurgias na região, já que, no geral, as cirurgias na região vão retirar um pedaço de tecido da mucosa. Assim, no processo de cicatrização, o tecido fibroso é formado, ocorrendo um processo semelhante ao da fissura.
Isso não quer dizer que você deve evitar uma cirurgia por medo do estreitamento anal! As intervenções são feitas sempre visando retirar a menor quantidade possível de tecido do local. Assim, para evitar que o tecido cicatricial leve ao estreitamento anal, podemos promover a dilação do local, aplicar produtos que retardem a cicatrização ou fazemos um retalho.
O retalho consiste em remover um retalho de tecido de uma parte saudável para a área onde realizamos o corte. Assim, a área é irrigada por uma boa circulação sanguínea, já que não cortamos a conexão da pele do retalho com a área saudável.
Mas, como identificar se você sofre com a estenose?
Estenose anal x hipertonia anal
A estenose anal e a hipertonia anal dificultam a passagem de fezes pelo ânus, mas de formas diferentes. Por isso, os quadros não devem ser confundidos, pois possuem causas e tratamentos diferentes.
Se a pessoa sente dor e desconforto sempre que vai ao banheiro ou é impossível realizar um exame de toque sem ferir a região, consideramos que é um quadro de estenose anal. Geralmente, nesses casos o tratamento demanda uma intervenção cirúrgica. A estenose é causada por cicatrizes na região.
No caso da hipertonia, o músculo do ânus fica constantemente tenso, dificultando a passagem pela região.
Bem, essas são as diferenças entre estenose anal e hipertonia anal. Sei que o tema pode causar preocupação, mas é muito importante conhecer os quadros. Além disso, mesmo que os quadros tenham tratamentos com bons resultados, é importante lembrar que cada caso é um caso, e a cicatrização pós-cirúrgica varia de pessoa para pessoa. Por isso, siga as orientações do seu médico e mantenha o acompanhamento em dia!
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