Ânus Normal: Entenda o Formato, as Variações e Quando se Preocupar

Você já se perguntou como é um ânus normal? Muitas pessoas observam alterações na região anal e ficam em dúvida se aquilo é realmente algo preocupante.
Nem sempre pequenas diferenças significam doença. O Dr. Marcelo Werneck, coloproctologista em São Paulo e Belo Horizonte, explica de forma clara
como identificar o que é normal e quando é hora de buscar atendimento médico.

O que é considerado um ânus normal?

O ânus normal é aquele que funciona adequadamente, permitindo o controle das evacuações sem causar dor, sangramento ou desconforto.
Seu formato é elíptico, ou seja, ligeiramente oval, e não perfeitamente redondo como muitos imaginam.
Além disso, é comum que a pele ao redor apresente pequenas pregas – chamadas de pregas anais – que ajudam o tecido a se expandir durante a evacuação sem se romper.

Essas pregas são variações normais da anatomia e fazem parte do mecanismo natural de distensão do canal anal.
O formato e o número dessas pregas podem variar de pessoa para pessoa sem que isso represente nenhum problema.

Variações anatômicas e o que é esperado

Assim como outras partes do corpo, o aspecto do ânus pode variar. Algumas pessoas têm a passagem um pouco mais estreita, outras mais calibrosa.
Em alguns casos, podem existir pequenas sobras de pele chamadas pápulas ou preguinhas anais, que são inofensivas.
Essas variações são consideradas normais enquanto não provocam incômodo, dor, sangramento ou dificuldade de higiene.

Por outro lado, se a pessoa começa a notar inchaço recorrente ou uma bolinha de sangue dolorida após evacuar,
pode se tratar de uma trombose hemorroidária. Esse quadro é comum e costuma ocorrer quando há esforço intenso na evacuação ou fezes endurecidas.

Quando o ânus deixa de ser normal

Existem situações em que as alterações observadas deixam de ser apenas variações anatômicas e passam a indicar algum problema.
Entre os quadros mais comuns estão:

• Hemorroidas externas: inchaços causados por veias dilatadas ao redor do ânus. Podem provocar coceira, desconforto e sensação de volume.
• Hemorroidas internas: localizadas dentro do canal anal, podem sangrar ou sair para fora durante a evacuação.
• Fissura anal: pequeno corte na mucosa do ânus que causa dor intensa ao evacuar e pode sangrar.
• Fístula anal: canal anormal que forma uma comunicação entre o interior do reto e a pele ao redor do ânus, gerando secreção e infecções recorrentes.

Esses quadros não devem ser ignorados, pois além de causarem desconforto, podem evoluir para inflamações crônicas e piora progressiva dos sintomas.

Sinais de alerta que exigem avaliação médica

Procure um coloproctologista se você perceber:

• Sangramento nas fezes ou após evacuar;
• Dor ou ardor frequente na região anal;
• Saída de secreção, pus ou mau cheiro;
• Presença de nódulos, bolinhas ou feridas persistentes;
• Alterações no formato das fezes ou dificuldade para evacuar.

Esses sintomas podem estar associados a diferentes condições, incluindo câncer no ânus ou infecções locais,
que devem ser avaliadas por um especialista. Quanto antes o diagnóstico for feito, mais simples e eficaz é o tratamento.

Quando o excesso de pele não precisa de tratamento

Pequenas sobras de pele, chamadas pápulas ou pliegues anais, não representam risco à saúde e geralmente não precisam de cirurgia.
O tratamento só é indicado quando causam dificuldade de higiene, incômodo estético ou infecções de repetição.
Em casos leves, manter uma boa higiene e evitar esforço evacuatório já ajuda bastante.

Como manter um ânus saudável

Para preservar a saúde anal, o ideal é adotar alguns cuidados simples no dia a dia:

• Evite prender as fezes ou fazer força excessiva;
• Mantenha uma alimentação rica em fibras e líquidos para facilitar o trânsito intestinal;
• Pratique atividades físicas regularmente;
• Prefira lenços umedecidos neutros em vez de papel higiênico seco;
• Procure atendimento médico em caso de dor, sangramento ou alterações persistentes.

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Faça isso para melhorar a dor no ânus.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico das doenças anais é feito em consultório, com exame visual, toque retal e, se necessário, anuscopia.
O tratamento vai depender da causa: pode incluir pomadas, medicamentos, mudanças de hábito ou até procedimentos como laser e cirurgia.
Em alguns casos, quando há suspeita de infecção ou fístula, é importante buscar avaliação detalhada com exames complementares.
Saiba mais sobre sintomas e tratamento no artigo completo do portal parceiro:
Sintomas de fístula anal – saiba reconhecer e tratar.

Conclusão

O ânus normal apresenta pregas naturais e variações anatômicas que não devem causar preocupação.
Por outro lado, dor, sangramento, secreção ou feridas indicam alterações que precisam de avaliação médica.
Buscar o coloproctologista é fundamental para identificar precocemente doenças e manter a saúde intestinal em dia.

Artigo produzido com base nas explicações do Dr. Marcelo Werneck, coloproctologista em São Paulo e Belo Horizonte.

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