Recidiva do cisto pilonidal, muitos pacientes têm medo desse quadro, mas será que é isso mesmo ou é uma ferida crônica que não cicatriza? Bem, hoje falarei um pouco sobre esses dois quadros e quais suas diferenças. Vamos lá?
Vocês já sabem que o cisto pilonidal é uma condição crônica que causa inflamação na região entre as nádegas, aquela conhecida como “cofrinho”. Essa doença pode levar à formação de pequenos orifícios e inflamações recorrentes, mesmo após o tratamento inicial, resultando em uma situação que requer atenção contínua.
O tratamento de cisto pilonidal é geralmente cirúrgico, com várias técnicas disponíveis. A cirurgia aberta, onde o cisto é completamente removido e a área deixada para cicatrizar naturalmente, ainda é uma abordagem comum.
Como é o tratamento de uma recidiva de cisto pilonidal?
Em alguns casos, a cicatrização pode ser problemática e a ferida pode começar a fechar, mas não cicatrizar completamente. Isso resulta em uma nova cavidade ou uma ferida crônica que não se fecha.
É importante entender que essas situações exigem abordagens diferentes. Quando o cisto pilonidal reaparece, formando uma nova cavidade, um novo procedimento de cirurgia de cisto pilonidal é necessário. Existem várias técnicas para tratar essa recorrência, incluindo as cirurgias aberta, fechada, a laser ou por vídeo.
Cada caso deve ser avaliado individualmente para determinar a melhor abordagem, considerando que a área já operada não possui uma pele normal, mas sim tecido cicatricial, o que pode dificultar a cicatrização.
Vale ressaltar que, ao contrário do que muitos pensam, uma segunda cirurgia de cisto pilonidal nem sempre envolve a remoção de mais tecido. Em algumas situações, técnicas menos invasivas podem ser empregadas para promover a cicatrização adequada daquele novo cisto que se formou ali.
Ferida crônica que não cicatriza – como tratamos o quadro?
E no caso da grande ferida que não cicatrizou? Então imagina, a pessoa fez uma ferida ali grande, 6, 8, 10 centímetros e virou uma ferida aberta que não cicatriza. Normalmente, essa ferida a gente ainda consegue recuperar sem necessidade de retiradas grandes de tecido. Então mesmo que seja o caso de operar, normalmente a operação vai ser feita para poder fazer uma limpeza daquilo ali e ajudar a promover a cicatrização.
Mas o que impede essa ferida de fechar? Bem, muitas vezes o que leva essa ferida a não fechar é a formação da própria ferida, devido a sua localização. Por estar numa região entre as nádegas, é natural que as nádegas comecem a “forçar” a região, fechando essa ferida.
Assim, muitas vezes o local começa a cicatrizar pele superficial, sem ter cicatrizado o fundo da ferida. Então, se o fundo da ferida do cisto pilonidal não cicatriza, não adianta formar a pele ali, que essa pele não vai ter sustentação.
Dessa forma, mais cedo ou mais tarde a ferida crônica vai abrir de novo. Então a gente precisa que o fundo dessa ferida cicatrize. Assim, vamos conduzir a cicatrização de forma adequada.
Cuidados para ajudar na cicatrização da ferida crônica
O cisto pilonidal tem tudo a ver com pelos, e os pelos não nascem dentro da ferida. Então se você está vendo uma ferida e tem pelo dentro dela, aquele pelo não nasceu ali. Aquele pelo veio de regiões em volta e às vezes da região lombar, às vezes até da cabeça que cai e ficam ali.
Esses pelos eles não estão presos, mas muitas vezes eles formam emaranhados e vão gerando reação, afinal é um corpo estranho no local. Então se ele ficar ali, essa ferida não vai cicatrizar, e se cicatrizar mais cedo ou mais tarde ela vai abrir novamente. Assim, o primeiro cuidado é tirar todos os pelos em volta da região e se possível dentro da ferida.
Só que isso muitas vezes vai gerar sangramento, vai gerar dor, e é por isso que tem que ter um cuidado especializado para cuidar da ferida de cisto pilonidal. Quando o paciente chega com essas feridas em meu consultório, vou mostrando onde tem pelo, tiro os pelos sempre que possível. Entretanto, tem situações que tem tanto pelo ali, tanto tecido ruim, que é necessário encaminhar o paciente ao centro cirúrgico, fazer uma anestesia, e aí, sim, conseguir fazer essa limpeza.
Concluindo, é indispensável entender que tanto a recidiva do cisto pilonidal quanto a presença de uma ferida crônica que não cicatriza exigem abordagens específicas e cuidadosas. Cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando as particularidades do tecido cicatricial e as opções de tratamento de cisto pilonidal disponíveis.
Se você está enfrentando esses problemas, não deixe de procurar ajuda especializada. Agende uma consulta comigo para obter um diagnóstico preciso e discutir o tratamento ideal para sua condição. Juntos, podemos buscar a melhor solução para promover sua recuperação completa!
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